Roonock é a maior colônia Windlesa no continente ocidental de Gasparia. Suas variadas paisagens fornecem inúmeros recursos úteis para a Coroa, que estabeleceu algumas cidades no litoral e agora avança rumo ao oeste selvagem.
Boa parte do litoral é ocupado pela acidentada Costa de Brimmouth, uma extensa faixa rochosa à beira-mar que abriga Port Smoke, capital da colônia, além de vilarejos e ruínas.
O Deserto de Cobre percorre com suas areias avermelhadas boa parte da extensão de Roonock, e é lar da maioria das tribos indígenas de Asabikesh, que se vêem em conflitos constantes com os colonos invasores.
As tropicais Ilhas Kupuna ficam bastante afastadas do litoral, a Oeste, e são conhecidas por seus grandes vulcões e sua cultura exótica.
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Brimmouth é um lugar úmido e sombrio, onde violentas ondas marítimas quebram contra ilhas e penhascos rochosos. Nas praias de areia cinzenta, chuvas constantes criam estuários escorregadios e pântanos escuros, cobertos por uma névoa salgada. As tormentas costumam trazer peixes das profundezas abissais até a superfície, e às vezes coisas piores. Vagando entre as águas nas costas de uma monstruosa baleia mecânica, a cidade de Port Smoke cruza as águas escuras com suas brilhantes luzes de sinalização e imensas chaminés. Ela orienta seu trajeto por uma série de faróis dispostos pela costa, mantidos pelos sacerdotes de uma ordem religiosa conhecida como a Igreja dos Marinheiros. Próximo a eles, pequenas vilas de pescadores surgem amontoadas nos estreitos locais onde conseguem se empilhar entre as marés e os paredões de rocha. Esses lugarejos melancólicos são uma confusão de docas, pontes e telhados, e são habitados por gente rude e arisca, que se interessa em falar com forasteiros apenas para negociar os frutos do mar que recolhem em fartos volumes. Histórias falam sobre a bizarra aparência ‘peixosa’ dos moradores de algumas dessas vilas, e sobre terríveis cultos dedicados a Horrores marinhos, realizados em antigas ruínas e cavernas conectadas ao mar.
Recebendo seu nome pela cor alaranjada de seu solo, o Deserto de Cobre possui na verdade uma variedade de paisagens que vai além de intermináveis mares de areia pontilhados por rochas. Cânions gigantescos, florestas de pinheiros e até mesmo vales cobertos de neve surgem na imensidão agreste, onde as caravanas de colonos windleses seguem trilhas acidentadas entre vilarejos rústicos, mantidos pela mão de ferro de seus xerifes. A cada ano, centenas de novos desbravadores chegam até o Deserto em busca de preciosos veios de Prata Celeste, ocultos nas montanhas avermelhadas. Um verdadeiro labirinto formado pelos trilhos das minas de extração já se ramifica em alguns lugares, e a promessa de riqueza fácil atrai todo tipo de oportunista ambicioso, incluindo bandidos perigosos e barões escravocratas. Segundo alguns especialistas no oculto, essa ganância excessiva é a principal causa do grande número de relatos de assombrações na região.
Grandes totens e rochas cobertas por petróglifos anunciam os territórios do Povo do Céu, divididos entre muitas tribos de nativos com pele vermelha e olhos profundos. Espirais de fumaça ritual se erguem entre aldeias de pedra e cabanas de pele, onde os chefes se reúnem com seu povo sob a luz das estrelas. Preocupados com a invasão crescente de seus territórios, os valentes indígenas estão dispostos a tudo para resistir à ameaça dos colonos, mas ainda estão aprendendo a lidar com a avançada tecnologia do vapor e da pólvora, e seus rebanhos de bisões diminuem a cada estação, ameaçando matá-los de fome. Entretanto, eles sabem que não são os únicos a terem o Deserto de Cobre como lar. Além das imensas Feras do Trovão em suas muitas formas, populações inteiras de korak, catfolk, lobisomens e outros humanoides bestiais espreitam nas matas, rios e desfiladeiros. Dentre os mais poderosos habitantes da região, os dragões de cobre da Linhagem de Uktena vagam pelos sinuosos labirintos de rocha, dispostos a dividir seus conhecimentos com os xamãs que se mostrem dignos de derrotá-los em um jogo de astúcia.
O paradisíaco arquipélago das Ilhas Kupuna seria o destino perfeito para qualquer navegante, não fosse seu isolamento e difícil acesso. Ainda assim, o local é usado como base pela esquadra dos Arautos do Vapor e por ocasionais corsários de Windlan. A deslumbrante paisagem tropical esconde os vulcões ativos no centro das ilhas maiores, que sem aviso podem explodir em uma tempestade de cinzas e fumaça. Os nativos das ilhas, um povo exótico conhecido como Hui, venera os espíritos de fogo desses vulcões, reunidos na imagem de uma Aeon conhecida como Pela. Eles entendem as catástrofes como um ciclo natural da terra, e vêem como algo sagrado o encontro das torrentes de lava com as águas do oceano, de onde nascerão novas ilhas no futuro. Seus sábios, chamados Kahuna, entendem como ninguém o ciclo das marés e são capazes de entrar em comunhão com o mar, recebendo as bênçãos das imensas ondas que quebram no litoral.
Festivos e hospitaleiros, os Hui se dividem em vários clãs familiares conhecidos como Ohana, e possuem uma rica cultura apesar de seus modos rústicos. Além deles, uma variedade de raças aquáticas vive nos atóis de coral, sendo uma das mais estranhas os Squibbon, uma espécie de cefalópodes inteligentes que fazem contato frequente com os Hui. O povo-molusco idolatra uma misteriosa entidade-polvo chamada Kanaloa, que possui uma perturbadora semelhança com algumas histórias dos Horrores Antigos.